Nesta sexta-feira, 1º de novembro de 2024, os mercados financeiros globais seguem com movimentação moderada, aguardando a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, o Payroll, um dos principais indicadores econômicos. Após seis semanas consecutivas de alta, as bolsas dão sinais de estabilização, refletindo expectativas mais cautelosas sobre possíveis cortes de juros no próximo ano, motivadas tanto pelos dados econômicos robustos dos EUA quanto pela possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, o que poderia intensificar políticas inflacionárias e manter as taxas de juros elevadas.
Cenário nas Bolsas e Balanços Corporativos
Na Europa, resultados financeiros mistos e sinais do Banco Central Europeu (BCE) sobre ajustes futuros na política monetária influenciam os mercados. Empresas como a Mercedes-Benz, que registrou queda de 64% nos lucros, destacam o impacto da economia enfraquecida no continente. A bolsa de Frankfurt apresentou leve alta de 0,2%, enquanto as de Londres e Paris caíram 0,1%.
Commodities: Petróleo e Minério de Ferro em Alta
O barril de petróleo Brent continua valorizado em meio a tensões no Oriente Médio, registrando alta de 0,7%, próximo dos 75 dólares. O minério de ferro também apresentou forte valorização de quase 3% na madrugada, refletindo-se no ADR da Vale, que subiu após a empresa divulgar lucro acima das expectativas.
Expectativas no Brasil: Bandeira Tarifária e Dívida Pública
No Brasil, investidores aguardam a atualização da bandeira tarifária de energia elétrica, que está atualmente no patamar vermelho, a mais onerosa. Essa taxa foi responsável por 40% do aumento do IPCA-15, índice de preços ao consumidor que saiu acima das expectativas e indica pressões inflacionárias. Caso mantida, a bandeira vermelha pressionará ainda mais a inflação e poderá resultar em elevações nas taxas de juros, o que é negativo para os ativos de risco.
Considerações Finais
Com o foco nas políticas econômicas e fiscais e no aguardado relatório do Payroll, os investidores monitoram atentamente esses indicadores, que são essenciais para compreender a direção dos juros e da inflação.
