Conheça os maiores produtores de petróleo do mundo
Mesmo com os avanços na transição energética e o crescimento das fontes renováveis, o petróleo continua sendo o combustível da economia global. Da produção industrial ao transporte de mercadorias e pessoas, o chamado ouro negro segue sendo o protagonista energético do planeta. E os dados de 2023 confirmam: os principais produtores de petróleo do mundo não apenas dominam a oferta global, mas também exercem influência direta nas decisões econômicas e políticas internacionais.
A seguir, veja o ranking atualizado dos maiores produtores de petróleo do mundo, de acordo com o volume anual de produção (em milhões de toneladas), e entenda como cada país usa o petróleo como ferramenta econômica e diplomática.
Posição | País | Produção (milhões de toneladas) |
---|---|---|
1º | Estados Unidos | 820 |
2º | Arábia Saudita | 542 |
3º | Rússia | 535 |
4º | Canadá | 289 |
5º | Iraque | 212 |
6º | China | 209 |
7º | Emirados Árabes Unidos | 192 |
8º | Irã | 178 |
9º | Brasil | 178 |
10º | Kuwait | 138 |
Estados Unidos lideram com independência energética e shale oil
Os Estados Unidos assumem o topo do ranking com 820 milhões de toneladas de petróleo produzidas em 2023. O avanço da tecnologia de fraturamento hidráulico (fracking) e perfuração horizontal permitiu ao país explorar vastas reservas de xisto, especialmente em estados como Texas e Dakota do Norte.
Além da produção em si, o petróleo é tratado como uma questão de segurança nacional. Essa autossuficiência energética transforma os EUA em exportador líquido, reduzindo a dependência de fontes externas e ampliando sua liberdade diplomática e econômica no cenário internacional.
Arábia Saudita ainda é peça-chave nos preços do petróleo
Com 542 milhões de toneladas, a Arábia Saudita segue como uma das maiores potências do setor. Como membro central da OPEP, o país tem papel fundamental no controle da produção global, ajustando a oferta para manter preços equilibrados.
Apesar de estar investindo fortemente em diversificação econômica com o projeto Vision 2030, o petróleo ainda responde por cerca de 70% das receitas de exportação do reino. A produção saudita é altamente lucrativa, com custos baixos e extração eficiente.
Rússia mantém produção estável apesar das sanções
Mesmo sob intensas sanções internacionais desde o início do conflito na Ucrânia, a Rússia permanece como o terceiro maior produtor global, com 535 milhões de toneladas em 2023. O país continua exportando petróleo para mercados estratégicos como China, Índia e Turquia, muitas vezes fora dos padrões ocidentais.
O petróleo russo é essencial para o equilíbrio fiscal do país. Em um cenário de tensões geopolíticas, Moscou utiliza o petróleo como arma diplomática, reforçando parcerias fora do eixo ocidental.
Canadá: grandes reservas e compromisso ambiental
O Canadá ocupa o quarto lugar, com 289 milhões de toneladas. Grande parte da produção vem das areias betuminosas de Alberta, uma das maiores reservas não convencionais do mundo. Embora o processo de extração seja mais caro e ambientalmente controverso, o país tem investido em soluções sustentáveis, como captura de carbono e restauração ambiental.
O petróleo canadense é também um componente vital na parceria energética com os Estados Unidos, especialmente sob o guarda-chuva do acordo comercial USMCA.
Iraque depende do petróleo para sustentar a economia
O Iraque produziu 212 milhões de toneladas em 2023. O petróleo responde por 90% das receitas do governo, o que torna a economia iraquiana extremamente vulnerável a oscilações do preço do barril. A região de Basra, no sul do país, concentra as maiores jazidas e é considerada estratégica para a estabilidade da produção.
Apesar da instabilidade política, o Iraque segue sendo um dos principais exportadores para o mercado asiático.
China foca em autossuficiência energética
Embora seja o maior consumidor mundial de energia, a China também aparece entre os grandes produtores com 209 milhões de toneladas. O país tem investido em tecnologias de exploração em águas profundas e ampliado suas reservas estratégicas para reduzir dependência externa.
Com foco em segurança energética, a China também diversifica fornecedores e financia infraestrutura petrolífera em países africanos e da América Latina.
Emirados Árabes: estabilidade e expansão na Ásia
Os Emirados Árabes Unidos produzem 192 milhões de toneladas, com destaque para o emirado de Abu Dhabi. Além da produção eficiente, o país investe fortemente em refino, logística e comércio internacional, atuando como ponte entre o Oriente Médio e a Ásia.
Com a Dubai Mercantile Exchange, os Emirados vêm ampliando sua relevância como referência nos contratos futuros de petróleo.
Irã mantém produção robusta sob sanções severas
O Irã produziu 178 milhões de toneladas em 2023, mesmo enfrentando restrições comerciais impostas por países ocidentais. Parte das exportações é feita por meio de acordos paralelos com parceiros como China e Venezuela.
A economia iraniana utiliza o petróleo como meio de influência geopolítica, especialmente na região do Golfo Pérsico.
Brasil cresce com protagonismo no pré-sal
O Brasil também produziu 178 milhões de toneladas, empatando com o Irã. O destaque nacional é o pré-sal, uma camada geológica localizada em águas ultraprofundas que revolucionou a indústria de petróleo brasileira.
A estatal Petrobras é a principal responsável pela exploração e exportação, especialmente para Europa e Ásia, consolidando o Brasil como uma potência energética emergente.
Kuwait: pequeno território, grande produção
Com 138 milhões de toneladas, o Kuwait fecha o top 10. Apesar de ser um dos menores países em extensão, possui altíssimas reservas per capita e uma produção altamente rentável. Seu papel dentro da OPEP é considerado moderador, buscando sempre o equilíbrio entre os interesses dos grandes exportadores.
Conclusão: petróleo continua no centro do jogo global
Esses foram os maiores produtores de petróleo do mundo.
Em 2023, o petróleo continua sendo muito mais do que um recurso energético. Ele é um instrumento de poder, influência e sobrevivência econômica para diversas nações. Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia lideram com estratégias distintas, mas igualmente eficazes para manter protagonismo no setor.
Ao mesmo tempo, países como Brasil e China buscam caminhos mais sustentáveis, ampliando sua participação global enquanto enfrentam os desafios da transição energética. Entender quem produz, como produz e para quem vende petróleo é essencial para antecipar movimentos da economia mundial e das relações geopolíticas nos próximos anos.
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